sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Roda de Jongo






  Impressionante como algo de que nunca se ouviu falar pode encantar uma pessoa no mesmo segundo, no primeiro contato visual e sonoro.

  A energia dos tambores era contagiante e a cada batida era como se algo adormecido dentro de mim acordasse. As pessoas que formavam a roda e as que dançavam na roda transmitiam uma felicidade e uma leveza inigualável e nunca antes por mim sentida. Em volta, as pessoas batiam palmas e cantavam no ritmo as letras simples, que, aparentemente, versavam sobre o cotidiano dos negros escravos, mas com significações mais profundas existentes por trás das metáforas.

  Então, eu realmente senti o que Eduardo Galeano quis dizer quando escreveu sobre a importância da cultura para um país. Veja bem, eu sempre tive contato com a MPB, com o Samba e o Forró (ritmos indiscutivelmente brasileiros), mas  foi o Jongo que me permitiu entender de fato essa importância. É na propagação das tradições, dos costumes, das crenças que a memória do país continua viva. E por que manter o passado vivo? Porque assim, mantemos a história viva. Porque assim, conhecemos o que nos fez chegar onde estamos. Porque assim, somos capazes de entender, gostar e valorizar o que nos constitui. Porque assim temos uma identidade.

   Enfim, conhecer a cultura de um país é autoconhecimento. Vamos valorizá-la, cultivá-la, preservá-la. Não importa com qual você se identifique, - o Brasil é tão grande e multicultural que as possibilidades de identificação são imensas- apenas faça dela uma das  chaves que protegerão o seu país.






Obs: Obrigada, Amanda, por me apresentar a algo tão fantástico.

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=by074Qs3iIM&feature=related
(Ainda não aprendi colocar vídeo aqui..hehe)

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