" - O que você quer da sua vida?"
Esta pergunta a tem atormentado. Anos atrás, a resposta viria como em um texto gravado e repassado minimamente, durante os ensaios de meses:
" - Vou entrar na faculdade. Me formar. Conseguir um emprego que pague bem. Ter minha casa. Viajar..."
E a imaginação corria até o momento de ela se lembrar da realidade a sua volta. O choque com o presente não trazia nenhuma dúvida. Na certeza de tudo, ela seguia em frente.
Agora é diferente. " O que você quer da sua vida?" bóia em sua cabeça e não se dissolve. Como água e óleo, que juntos não se misturam; não podem se tornar uma coisa só. E sabe porquê? Polaridade. Cargas e não-cargas. Não se combinam.
Alguém, alguma vez, já tentou avisar para o mundo que as coisas não são certas? Que a padronização de vidas é impossível? Porque cada um é um?
Unicamente. Diferentemente. Desigualmente.
O choque de realidade, agora, leva-a para o combate entre seus sólidos sonhos certos e ...
Palavras, que definem, não definem no momento.
A Realidade seria sua rival?
Mas o que é a Realidade senão a acumulação de experiências que formam o indivíduo, e este, atuando em sua PRÓPRIA realidade, constitui-se como tal a partir das experiências que dela provém?
Algo que ela consegue pensar neste instante:
" A incerteza de tudo
Na certeza de nada."*
E algumas questões vão ficando sem respostas.
*Balanço- Carlos Drummond de Andrade.
Oi, Fê, amei o nome do blog, os textos e já sou sua seguidora.
ResponderExcluirSiga o meu blog, também.
Saudadona, um beijo.
Tia Cláudia.
este foi autobiográfico ;)
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